Lamborghini Gallardo

Numa situação de crise e contenção a todos os níveis, a indústria automóvel será certamente uma das grandes afectadas. Eu sei que há divergências quando afirmam que as pessoas preferem “passar fome” do que deixar de andar num carro novo, mas convenhamos que isso não espelha a realidade absoluta da maioria da população. Como em tudo, há que fazer concessões e nessas concessões, entre comprar um automóvel topo mediano, talvez se opte por um mais económico.

O que é certo é que a indústria automóvel e com isso, quero dizer, os stands de revenda automóveis, terão sérias dificuldades face a anos anteriores. Ou então, terão que fazer azo de boas estratégias de marketing e tornar a sua oferta mais competitiva e apelativa com relação aos seus concorrentes. Na verdade, quem conseguir se sobressair sairá vencedor desta luta que será de todos.

Batalha de Preços

É certo que uma das consequência será uma verdadeira batalha por preços mais económicos que os restantes do sector. Mas será mesmo que haverá essa baixa de preços, ou será mais uma baixa de “valor”? Com isso quero dizer, que provavelmente não será uma baixa do preço de venda, mas sim uma retirada de algumas características que anteriormente viria de série.

Se levarmos em conta o Brasil, os clientes normalmente têm que optar se querem um espelho lateral direito ou não, se querem tapetes interiores, se querem ar-condicionado, se desejam auto-rádio (nem falo em CDs). Será que virá a ser um reflexo do que se passará em Portugal?

O exemplo mais recente da Ford com o modelo Focus parece ser na sua essência, um opositor desta estratégia. Porque vem bem “apetrechado” de características por um valor dentro do seu segmento. Já outros modelos como a Dacia que se demarca por ser bastante low-budget, no seu total ainda se mantém como um citadino minimamente interessante em termos de equipamento.

Batalha de Marketing

O Marketing será (ou deveria ser) a principal arma de todas as marcas e stands para fazer face a esta conjuntura. Isto porque se for bem aplicado, pode fazer com que a sua marca se diferencie de uma forma notável face à concorrência. Basta para tal, evidenciarem as mais valias que possuem enquanto serviço para de uma forma inteligente e sedutora, passarem a sua mensagem e assim ganharem quota de mercado.

Contenção de Custos

Atenção, que contenção de custos não significa deixar de investir. Investir é necessário mais do que nunca em tempos de crise. No entanto, pode-se obviamente conter custos em operações que não estão a ser relevantes durante este período. Por exemplo, agilizar situações burocráticas, reduzir departamentos redundantes ou retirar “pontes” entre sectores. Por vezes, estas pequenas alterações reflectem-se no cash-flow.

Mas há investimentos que por vezes são sinónimo do contrário e para poder providenciar um melhor serviço ao cliente, importa optimizar funções e colocar mais apoio em diversos sectores de actividade.

Em resumo, há que fazer toda uma análise de operações para obter o melhor retorno e “aguentar” esta época de contenções.

Quais são as tuas ideias? Partilha para que todos possamos beneficiar.

Publicado por Rui Nunes

Adoro automóveis! A sério, sou capaz de passar horas a falar do que gosto ou não de um carro. No entanto, sou incapaz de discutir pormenores técnicos ou de estatísticas. Mas tenho muito claro o que me faz gostar ou não de um automóvel e é isso que quero partilhar aqui.

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