Quem me conhece, sabe que sou grande fã de TOP GEAR, ou devo dizer, dos “rapazes” que protagonizavam o programa da BBC.

Este programa em que a paixão por automóveis parece ser apenas uma desculpa para se ter criado este formato, torna-se interessante quando existe uma certa química especial que nos faz devorar tudo o que fazem ou dizem. As suas expressões faciais absolutamente ridículas. O facto de eles próprios não se levarem muito a sério. Acima de tudo esta última explicação.

Por isso, quando Jeremy Clarkson foi despedido da BBC devido a um evento lamentável com um dos produtores, pensou-se que seria o fim do nosso programa automóvel de eleição. Seria uma versão com “patch” de um novo apresentador que substituiria a estrela do programa? Os restantes apresentadores se manteriam no programa após a saída do seu colega e amigo?

O tempo era de incógnitas e todos roíam as unhas à espera de novos desenvolvimentos. Depois as coisas pareciam ficar verdadeiramente definitivas quando mudaram por completo o formato do Top Gear e colocaram não 3 mas 6 novos apresentadores das mais variadas origens, para além do já óbvio Stig. E quando digo origens improváveis, estamos a falar da rainha de Nurburing Sabine Schmitz, o Youtuber Chris Harris, o pro da F1 Eddie Jordan, o jornalista Rory Reid, o mediático Chris Evans e o actor Matt LeBlanc. Confuso? Eu também.

Top Gear 2016 Cast
Original Source Photo by Unilad.co.uk

Talvez por esta decisão ou simplesmente porque o trio original tinha deixado o programa dedicado a automóvel mais visto do mundo, as audiências baixaram para o nível mais baixo de sempre desde o facelift verificado em 2002.

Para ser sincero, não tenho uma opinião formada do novo formato do Top Gear porque simplesmente nem me dei ao trabalho de ver a nova série. Achei que não tinha nada a ver com o que me tinha vindo a habituar. Tinha os bólides na mesma, sim, mas o programa original transmitia uma forma especial de os viver. No fundo eram três tipos que nunca imaginaríamos que uma marca colocasse um automóvel milionário nas suas mãos sem que tivesse uma derrocada na bolsa pela imbecibilidade desse acto. Mas o que é um facto é que eles conseguiam conduzir e se divertir como crianças dentro de máquinas que valiam alguns milhares, senão milhões de euros em alguns casos.

Talvez fosse uma espécie de associação e imaginássemos que também nós poderíamos ser aqueles tipos cheios de sorte por estar a romper curvas dentro de um Ferrari edição limitada ou mesmo única. 😉

Os nossos “Boys” estão de Volta no Grand Tour

Sim, mas esqueçamos todas essas piruetas da vida e recordemos apenas uma excelente notícia. Jeremy Clarkson, James May e Richard Hammond estão de novo juntos a fazer o que fazem melhor. Que é fazer figuras tristes mas adoráveis, não se levando muito a sério e a conduzir grandes bombas. E quem pense que sem os budgets da gigante BBC o programa perderia espectacularidade, desengane-se. A Amazon largou os cordões à bolsa e prevê-se um budget de mais ou menos $5.7 milhões por episódio sendo que a sequência inicial do primeiro episódio deve ter rebentado com quase todo o budget logo nos primeiros minutos.

Quando saiu o trailer há um mês mais ou menos atrás, fiquei com um sorriso de orelha a orelha:

Depois desse bom prenúncio, tudo estava pronto para vermos os “rapazes” em grande estilo e com uma ponta de nostalgia de volta aos ecrãs. Se bem que desta vez através de um formato web e fechado no streaming da recente Amazon Prime.

Resta dizer que a partir de Dezembro, também em Portugal vou ter acesso directo a toda a solução da Amazon Prime tal como nos restantes Países. Mas bateu logo recordes de visualização assim que saiu o primeiro episódio e pela reacção das pessoas, muito mais vai conseguir no futuro.

O segundo trailer lançado dá a ideia que ao invés de pensarmos que toda a acção estava reservada para a grande entrada, muito mais surpresas e investimento está na calha para os próximos episódios.

Eu só tenho a dizer que voltei a ter o meu programa favorito de volta. Se bem com agora o novo nome de Grand Tour. E que grande tour estamos mesmo a ver…

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Publicado por Rui Nunes

Adoro automóveis! A sério, sou capaz de passar horas a falar do que gosto ou não de um carro. No entanto, sou incapaz de discutir pormenores técnicos ou de estatísticas. Mas tenho muito claro o que me faz gostar ou não de um automóvel e é isso que quero partilhar aqui.

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